Dono da SAF do Botafogo e um dos nomes mais polêmicos dentro do futebol brasileiro nos últimos meses, o empresário John Textor, de 58 anos, foi enfim julgado pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). Nesta sexta-feira (26), o órgão suspendeu o dirigente por 45 dias e o multou em R$ 100 mil em um primeiro processo.
Textor respondia pelas ofensas proferidas ao árbitro Braulio da Silva Machado na derrota botafoguense para o Palmeiras no Brasileirão do ano passado. Por já ter cumprido uma parte da punição em 2023, o norte-americano terá, de fato, 17 dias de punição. O veredito foi estabelecido por maioria dos auditores.
Sem direito a um recurso, já que a decisão foi tomada em última instância, Textor havia sido denunciado três vezes no artigo 243-F (ofensa à honra) e uma no 258-B (invadir local destinado à equipe de arbitragem). Com isso, ele foi enquadrado também no artigo 184 (quando o agente pratica duas ou mais infrações, acumulam-se as penas).
A defesa de Textor alegou que o empresário americano tinha direito a entrar em campo, por ter uma credencial, portanto não houve invasão. Segundo relato, ele teria entrado em campo para rezar com o time. Com votos para punições distintas, o dirigente acabou pegando uma punição mais “leve” do que os 360 dias possíveis.
Este, no entanto, é apenas o primeiro processo contra Textor correndo no STJD. Ele ainda foi denunciado por não apresentar as provas de manipulação de resultados que afirmou ter e também por suas falas dizendo que jogadores manipularam resultados em jogos do Palmeiras contra o São Paulo e Fortaleza nos últimos anos.
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