Uma verdadeira bomba movimentou os bastidores do futebol brasileiro nesta segunda-feira (25). Julgado pelo Tribunal de Justiça Desportiva Antidopagem (TJD-AD), em sessão que durou pouco mais de duas horas, o atacante Gabigol, ídolo do Flamengo, acabou suspenso por dois anos por fraude do exame antidoping.
Por previsão do regulamento antidopagem, a pena do artilheiro começou a valer a partir de 8 de abril de 2023, quando foi realizada a coleta de exames no CT flamenguista. Gabigol, portanto, está impedido de realizar suas atividades até abril de 2025. A decisão do TJD-AD ainda cabe recurso por parte do atleta.
A grave situação, que pegou a diretoria do clube carioca de surpresa, se tornou tema de vídeo do jornalista Jorge Nicola na manhã desta terça-feira (26). Consultando um especialista na lei antidopagem, Nicola informou que o Flamengo pode suspender o contrato do jogador enquanto ele estiver afastado por conta da punição.
O clube pode ir ainda mais longe e até mesmo encerrar o vínculo com Gabigol. Com contrato válido até dezembro deste ano, o atacante ainda representará um gasto de R$ 15,5 milhões somente em salários. Caso opte pela rescisão contratual, o Flamengo ainda poderia pedir uma indenização ao ídolo.
Flamengo confia em absolvição de Gabigol
Embora “blindado” pela lei, o Flamengo decidiu apoiar o jogador e confia na absolvição em julgamento na segunda instância. Por ora, as conversas para uma sonhada renovação contratual estão suspensas e o foco é conseguir a liberação de Gabigol em recurso que será apresentado na Corte Arbitral do Esporte (CAS).
Internamente, a punição ao jogador foi considerada exagerada e abusiva. Em abril do ano passado, nas vésperas da final do Campeonato Carioca contra o Fluminense, Gabigol teria dificultado a realização do exame desde a chegada dos oficiais responsáveis pela coleta e buscado prejudicar o trabalho deles de diversas maneiras.
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