Tricolor não alivia e se manifesta a favor de mudança da lei que mima os atletas

Sao Paulo x Bahia, Brasileirao 2018, Morumbi, Sao Paulo SP, 08/09/2018, Foto: Fernando Dantas/Gazeta Press

Um dos assuntos que mais têm causado polêmicas no futebol brasileiro nas últimas semanas é o projeto de lei número 1153/2019, que visa implantar mudanças na Lei Pelé (Lei Geral do Esporte). Com trâmite já aprovado pela Câmara dos Deputados na tarde de ontem (6), o projeto de autoria do deputado Felipe Carreiras (PSB-PE) caminha agora para aprovação do Senado Federal. Sem perder tempo, a diretoria do Tricolor já se manifestou e disse aprovar as mudanças.

Além do São Paulo, Corinthians e Palmeiras também anunciaram que apoiam o projeto. Em publicação em suas redes sociais, o Corinthians disse ser a favor “do aperfeiçoamento e a modernização na Legislação Desportiva Nacional, por meio da relatoria do Deputado Felipe Carreras do projeto de lei 1153/2019. A proposta não retira nenhum direito trabalhista”, afirmou o clube.

Os três grandes paulistas se juntam a Flamengo, Fluminense, Atlético-MG e Ceará, que já haviam declarado seu apoio ao projeto de lei. O Ceará, inclusive, foi alvo de polêmica. Logo após publicar o texto também em suas redes sociais, viu seus jogadores se posicionarem contra por meio da hashtag #naoapoiamos. O Vozão acabou apagando a postagem minutos depois.

O que diz o projeto de lei número 1153/2019?

O projeto que conta com o apoio do Tricolor tem como principal razão modernizar alguns pontos da considerada defasada Léo Pelé, que é a legislação instituidora de normas do esporte no Brasil. Entre alguns dos principais pontos levantados estão mudanças no valor da rescisão a ser pago pelo clube ao jogador (atualmente é 100% do valor estipulado em contrato); alteração no valor assegurado no uso de imagem dos atletas e regulamentação de profissões ligadas às práticas esportivas, além de mudanças nas infraestruturas dos clubes.

Muitos dos atletas, assim como no caso do Ceará, estão se posicionando de forma contrário por considerarem que a proposta impactará de forma negativa em suas vidas. Na Câmara, no entanto, a votação passou com folgas: 398 votos a favor e apenas 13 contra.

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