Tranferência irregular fez o São Paulo perder pontos no Brasileirão
Conhecido pelo enorme sucesso administrativo na primeira década deste século, onde conquistou três títulos do Campeonato Brasileiro, um da Copa Libertadores da América e outro do Mundial de Clubes, o São Paulo esteve diretamente envolvido em uma das maiores polêmicas do futebol do país fora das quatro linhas.
E tudo por conta de um atacante então desconhecido: Sandro Hiroshi. Natural da cidade de Araguaína, em Tocantins, o jogador foi o pivô de uma enorme briga judicial durante o Brasileirão de 1999 que acabaria com a criação da Copa João Havelange no ano seguinte. Nascido em 1979, Sandro foi um dos muitos “gatos” do futebol brasileiro.
Ainda em 1994, quando atuava nas divisões de base do Tocantinópolis, o atacante teve o ano de nascimento alterado para 1980. Assim, ele pôde disputar um campeonato da categoria conhecida como dente de leite. Anos depois, já vestindo as cores do São Paulo, a falsificação de documentos do jogador veio à tona.
E o Tricolor acabou punido, já que utilizou Sandro Hiroshi de maneira irregular na goleada por 6 a 1 aplicada em cima do Botafogo e no empate em 2 a 2 diante do Internacional. Julgado, o clube acabou perdendo pontos no STJD. Já Botafogo e Inter foram até a Justiça solicitando os pontos das partidas, o que acabou acontecendo.
Imbróglio criou a Copa João Havelange em 2000
O que ninguém imaginava era de que os pontos dados ao clube carioca gerariam uma enorme briga nos tribunais com o Gama. O clube do Distrito Federal não seria rebaixado caso o Botafogo não “conquistasse” a vitória sobre o São Paulo e, indignado, foi a Justiça Comum contra a CBF, organizadora do Campeonato Brasileiro.
Saindo vitorioso, o Gama permaneceu na elite. Enquanto isso, a CBF desistiu de organizar a competição e coube ao Clube dos 13 criar a Copa João Havelange. O torneio também contou com mais polêmicas, como o retorno de equipes como Bahia, América-MG e Fluminense ao Módulo Azul, principal grupo da competição.
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