São Paulo tenta imitar filosofia do Flamengo, diz jornalista

Vivendo uma situação financeira complicada, o São Paulo, comandado pelo presidente Julio Casares, está firme e forte no processo de recuperação financeira do clube, buscando se colocar no protagonismo do futebol brasileiro novamente. 

De acordo com o jornalista Arnaldo Tironi, o clube quer “flamengar”, expressão criada para a recuperação economica do Rubro-Negro a partir de 2013. Na ocasião, o presidente da época, Eduardo Bandeira de Mello, parou de gastar e viu o clube equilibrar as contas e assumir o protagonismo do Brasil, vencendo duas Libertadores, Brasileirão, entre outros títulos.

O São Paulo fez um processo de reformulação de perfil desde 2021, quando o clube possuía R$ 339 milhões em obrigações para pagar naquele ano (dívidas de curto prazo), sendo R$ 155 milhões com bancos. No final do mesmo ano, o valor foi para R$ 274 milhões, sendo R$ 92 milhões com as instituições financeiras. 

Vale lembrar que os números variaram muito entre os anos. Em 2020, o Tricolor devia um valor total de R$ 606 milhões. Um ano depois, o valor saltou para R$ 697 milhões. No próximo balanço divulgado pelo clube, a diretoria espera ter reduzido  o valor para R$ 590 milhões, esperando um superávit.

Projeção positiva e alerta de jornalista

“Estamos trabalhando para que 2024 seja um ano com melhores perspectivas”, projeta Casares. O mandatário venceu a eleição presidencial em 2020, e poderá ter mais três anos de mandato depois da polêmica mudança no estatuto, permitindo a reeleição de presidente.

Buscando sinalizar evolução com seu plano de recuperação, Julio Casares frisa que até o começo do ano passado, a dívida ainda estava aumentando, com déficit de R$ 106 milhões. 

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Das quatro grandes equipes da capital paulista, somente o Palmeiras possui a situação econômica sob controle e estável, muito a ver com o patrocínio da Crefisa e as premiações dos títulos que conquistou no período.

Segundo o jornalista Mauro Cezar Pereira, caso reeleito, Casares deve retomar o projeto de recuperação ao modo “Flamengo”, e tomar cuidado para não acabar igual o rival do São Paulo.

 “Casares pretende tentar a reeleição e o balanço de 2022, a ser apresentado nas próximas semanas, naturalmente poderá interferir em sua pretensão política. Mas de nada adiantará se, eventualmente conseguir novo mandato, não der sequência ao projeto de recuperação financeira são-paulino. O risco é sempre aquele, deixar de ‘Flamengar’ para, digamos, ‘Corintianar’”, disse o colunista do UOL.

Vale lembrar que o Corinthians também passa por uma situação financeira complicada, mas ainda sim gasta valores astronômicos em salários de seus atletas, contratações, etc.