Depois de 35 anos trabalhando na Globo, Cleber Machado foi demitido no ano passado. A notícia pegou os fãs de surpresa, já que ele chegou a ser o “número dois” da emissora atrás de Galvão Bueno.
O narrador comentou sobre sua saída da emissora, dizendo que o principal motivo foi financeiro. Ele trabalhava na Globo desde 1988, e chegou a fazer parte da Rádio Globo entre 1980 e 1986. A diretoria teria dito que a demissão não era por nenhum motivo pessoal, e sim puramente por conta do orçamento.
“Perguntei: ‘Vocês não me querem mais ou é questão de orçamento?’ ‘Não tem nada a ver com você, é orçamento’. ‘Podemos negociar?’ ‘Não sei’. Enfim, a surpresa é que, quando se desenhou isso, era uma coisa recente, não foi programado. O burburinho de que alguma coisa iria acontecer, de movimento na empresa que o pessoal fica ressabiado, começou uma semana antes. Aí quando fui conversar me responderam que foi orçamento, que para o profissional é menos pior”, comentou.
A reunião teria durado mais de uma hora, e apesar do desejo em continuar na empresa, não foi cumprido. Apesar disso, garante que não se abalou pela decisão, tanto é que hoje trabalha no SBT.
“Optaram por terminar o vínculo de funcionário e empregador. Conversa normal, de mais de hora. Eu estou emocionalmente bem, fiquei na boa. Queria sair? Não, queria me aposentar lá, mas estou na boa, tocando a vida, sem crise, sem choro. A vida continua e vamos ver o que se apresenta”, prosseguiu.
Por fim, ele recapitulou sobre sua carreira na TV Globo, dizendo que não se arrepende de nada. Ele foi o principal narrador da emissora em São Paulo por muitos anos, se tornando uma figura marcante nos jogos do Tricolor.
“Na minha cabeça, ia me aposentar na TV Globo. Estou fazendo no mês que vem 44 anos de profissão. Passei seis anos na Rádio Globo e 35 na TV. De 44 anos, fiquei 41 na Globo. Não posso crer que minha carreira seja um lixo, um fracasso. É de razoável resultado. Não se fica tanto tempo em uma empresa desse tamanho só porque tem olho verde. Meu olho não é verde, acho que trabalhei direito. Não tenho arrependimentos”, concluiu.