Jogador do Água Santa deixou o São Paulo devido a briga na escola

Nesta quarta-feira (7), o São Paulo volta ao Morumbis para enfrentar o Água Santa, a partir das 21h35, pela quinta rodada da fase de grupos do Campeonato Paulista. O lateral-esquerdo Rhuan, que faz parte do time de Diadema, se reencontra com o Tricolor, equipe que atuou aos 12 anos.

Enquanto estava no sub-13, o jovem continuou estudando no colégio, mas era considerado “agitado”. Em um dia, acabou discutindo com uma professora, que fez com que sua oportunidade no SPFC fosse por água abaixo.

O diretor do colégio ficou sabendo da situação e entrou em contato com o Tricolor através de um e-mail, causando uma reunião com a cúpula são-paulina. O então diretor Geraldo Oliveira era considerado rigoroso no aspecto de disciplina. 

“Ele (diretor da escola) falou que eu brigava com os meninos todo dia, que eu batia nos meninos, roubava o lanche, que eu chegava atrasado… Sempre fui um menino muito bagunceiro mesmo. Mas eu acho que teve muita coisa ali que ele aumentou. Muita mesmo”, disse o jogador, em entrevista ao portal Globo Esporte.

Rhuan chegou a admitir que estava errado e pediu desculpas, mas não foi o suficiente para mudar a cabeça de Geraldo, que disse que não estava de acordo com sua atitude e o dispensou do SPFC. Sua mãe o tirou do colégio depois do episódio.

“Ela foi lá, perguntou porque fizeram aquilo, disse que estava querendo acabar com o sonho do menino, que não precisava. Se chegasse na gente primeiro, a gente ia corrigir, depois, se não mudasse, levava para o São Paulo, contou.

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Atitude de dirigente são-paulino ajudou na formação de Rhuan

Atualmente no Água Santa, ele não se lembra dos detalhes da discussão, mas revela que está arrependido. Apesar disso, ele reconhece a atitude de Geraldo em querer o formar não só como jogador, mas também como um indivíduo.

“Foi doloroso para mim na época, foi triste, mas acho que me fez evoluir como ser humano. Era isso que o Geraldo sempre frisava, ele queria formar o ser humano. Eu fiquei triste e chateado, mas me ajudou, desenvolveu meu caráter. A gente sempre idealiza coisas boas no clube, mas se realizar como pessoa é o principal. Acho que ajudou na minha formação”, contou.

Depois da dispensa, atuou sete anos pelas categorias de base do Santos. Por sinal, chegou a treinar com o time principal em  2019, a pedido do técnico Jorge Sampaoli. Não se firmou, e atuou por Ituano, Mirassol, CSA e Água Santa.