Abel Ferreira faz as pazes com o São Paulo

Antes da bola rolar no Morumbis para o clássico entre São Paulo e Palmeiras, realizado nesta segunda-feira (29), pelo Campeonato Brasileiro, o técnico Abel Ferreira se e contro com o diretor de futebol do SPFC, Carlos Belmonte. Ambos selaram as pazes após o episódio em que o cartola se referiu ao treinador como “português de m***”, ainda no Choque-Rei disputado pelo Campeonato Paulista, também com mando do Tricolor.

“Eu disse que perdoo e não esqueço. Mas não é o caso, porque quando um homem assume a sua responsabilidade, pede desculpa onde errou, e isso aconteceu comigo várias vezes. Eu sei que há muita gente perfeita aqui no meio do futebol, porque a forma que criticam treinadores, jogadores, dirigentes no Brasil, parece que só o futebol merece essa exigência. Eu acho que essa exigência é boa porque nos ajuda a melhorar. Eu gostaria que essa exigência fosse alargada para todos os setores da sociedade brasileira”, diss Abel, na coletiva após a partida.

Belmonte se dirigiu à área de espera da entrada da delegação do Palmeiras no Morumbis para fazer o pedido de desculpas formal. Nas imagens divulgadas nas redes sociais, ele conversou com a presidente do Palmeiras, Leila Pereira, e deu um abraço no treinador palmeirense.

“Acho que foi uma atitude bonita do Belmonte por um erro que teve, em um momento quente, acontece com todo mundo. Ninguém tem que ficar chateado. Quando as desculpas são sinceras, quem sou eu para julgar quem quer que seja. Da minha parte não tem absolutamente nada, está mais que perdoado, espero ter mais confrontos contra o São Paulo”, prosseguiu Abel.

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Vale lembrar que após o episódio, o Palmeiras entendeu a fala de Belmonte como xenofóbica, e proibiu o dirigente de pisar no Allianz Parque. O dirigente pagou uma multa de R$ 50 mil e não foi mais aos jogos do Tricolor no Paulistão.

“Acho que hoje foi uma atitude bonita. Somos rivais dentro de campo e se eu puder vou vencer todos os jogos, respeito muito nossos vizinhos. O futebol brasileiro é de todos, não é só meu, não é só do São Paulo, não é só do Flamengo, quando todos os presidentes pensarem primeiro no futebol como um todo e depois cada um lutar por seus interesses, seguramente todos sairemos valorizados”, finalizou.