Tricolor tem déficit de R$ 106 milhões em 2021

Com uma dívida avaliada em mais de 700 milhões de reais, o Tricolor vive um momento financeiro terrível na sua história. A principal fonte de renda do clube, a venda de jovens, foi escassa nos últimos dois anos muito por conta da pandemia, mas esse ano, a expectativa é de um superávit segundo o presidente Julio Casares.

Em entrevista ao GE, o presidente Júlio Casares revelou o déficit do São Paulo no ano passado. E o valor é alto.

“O déficit que vamos apresentar é de R$ 106,4 milhões, mas o anterior a esse batia em R$ 130 milhões. É uma melhora, mas tivemos inúmeros compromissos que se refletem no balanço. Pagamos compromissos anteriores, dívidas de jogadores em curto prazo, processos em curso na Fifa em que poderíamos ter perdido o direito de registro e até possível rebaixamento. Esse pequeno estouro foi para que a gente conseguisse um elenco competitivo. É um déficit inferior ao anterior, mas a gente quer ter superávit”, revelou Casares.

Dívida se dá por conta da não venda de dois jogadores importantes para o Tricolor

A dívida que se deu ao São Paulo nos últimos anos, muito é por conta da não venda de atletas, que prejudicou os cofres do Tricolor.

No fim de 2021 e início de 2022, Sara e Nestor teriam recebido propostas de times dos EUA e da Ucrânia, respectivamente. O valor da venda dos dois somaria um valor de 17 milhões de euros, cerca de 100 milhões de reais.

Apesar do bom valor que renderia ao São Paulo, o clube preferiu segurar os jogadores, para vendê-los mais para frente por um valor maior e maiores centros do futebol.

“Em dezembro, tínhamos propostas para dois atletas que somariam 17 milhões de euros. E esse déficit não apareceria. Apresentaríamos um superávit pequeno. Mas eles (Nestor e Sara) são jogadores promissores e que terão valorização maior. Se vendo por este valor, vou balizar as vendas da próxima janela por um valor menor. Acreditamos na valorização do atleta. Estamos fazendo este sacrifício para ter a necessidade de venda na próxima janela. Estamos mantendo os jogadores por duas, três temporadas cheias para deixar um legado esportivo”, revelou o presidente.

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“Às vezes, chegam propostas de centros esportivos que não são bons para o atleta. É importante que vá para um clube da Europa e dispute grandes competições, para cenários de maior penetração mundial. Não que os Estados Unidos ou a Ucrânia não sejam. Pensando nas finanças do São Paulo, fizemos um sacrifício. Eu poderia ter vendido dois atletas por 17 milhões de euros e conseguido um superávit. Preferi o déficit para dar um salto importante em 2022, valorizando a nossa base”, completou.

No meio do ano o São Paulo deve sofrer assédios por seus jovens da base. Nomes como Igor Gomes, Nestor, Gabriel Sara e Luan, devem ser alvos de clubes europeus.

O São Paulo não deve segurar alguns deles, tanto para conseguir a meta de superávit especulada pelo presidente, tanto para bater uma meta de vendas, que é crucial para a diretoria esse ano.

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