M1to das traves: a brilhante trajetória de Rogério Ceni

No mundo do futebol, existem poucos jogadores que conseguem escrever seu nome na história de suas respectivas equipes. Rogério Ceni é um desses jogadores. Com uma carreira repleta de conquistas, defesas e gols de falta incríveis, ele se tornou uma lenda viva do esporte.

Líder nato e dono de um conhecimento formidável acerca do jogo, Ceni era capaz de enxergar as partidas de forma única, sendo responsável por conduzir tanto as jogadas defensivas, quanto às transições ofensivas da equipe tricolor.

Rogério Ceni escreveu seu nome na história do São Paulo e do futebol brasileiro. Nesse texto, abordamos um pouco mais sobre os grandes momentos da carreira do atleta mais importante da história do Tricolor Paulista.

O início da carreira de Rogério Ceni

Nascido em 22 de janeiro de 1973, em Pato Branco, Paraná, Rogério Mücke Ceni mostrou desde cedo sua paixão pelo futebol. Apesar de ter nascido no Paraná, Ceni cresceu no estado do Mato Grosso e iniciou sua carreira ainda pelo Sinop Futebol Clube. 

Com apenas 17 anos, em 1990, foi promovido ao time principal por Nilo Neves na época técnico do Sinop. Durante o início de sua trajetória no futebol, Ceni se dividia entre o trabalho como bancário e a prática esportiva. 

Sua primeira partida de futebol profissional foi no dia 15 de abril de 1990, contra o Cáceres. Pelo clube mato-grossense, Rogério Ceni realizou 11 partidas e sofreu seis gols.

A transferência para o São Paulo

O bom início de carreira pelo Sinop acabou chamando a atenção de um gigante do futebol brasileiro.No início da década de 90, o São Paulo concluiu sua contratação para Rogério ser o quarto goleiro da equipe. O M1to então foi vice-campeão da Copa São Paulo de Futebol Júnior de 1992, numa decisão perdida nos pênaltis para o Vasco da Gama de Valdir Bigode.

Com o tempo, Rogério passou a ser o terceiro goleiro do São Paulo, sendo inscrito em alguns jogos do Campeonato Paulista da época. Em 1993 voltou para os juniores e se sagrou campeão como titular da Copa São Paulo. 

Sempre se espelhando em Zetti, outro grande ídolo da meta tricolor, o jovem batalhou muito e imediatamente subiu como reserva absoluto. Nesse mesmo ano, aos vinte anos de idade fez sua estreia como profissional no dia 25 de junho de 1993, contra o Tenerife no Torneio Santiago de Compostela, pegando um pênalti na vitória do São Paulo por 4 a 1.

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Estádio cantando para Rogério Ceni
Fonte: Wikimedia Commons

Com a saída de Zetti para o Santos em 1996, Rogério passou a ser o goleiro titular do Tricolor. Assumiu esse posto e o manteve durante toda a sua brilhante carreira com a camisa do São Paulo. 

Ao longo de seus 23 anos de carreira, Ceni conquistou uma lista impressionante de títulos. Sua galeria de troféus conta com uma conquista da Copa Libertadores da América (2005), um Mundial de Clubes da FIFA (2005), três Campeonatos Brasileiros (2006, 2007, 2008), uma Copa Sul-Americana (2012), entre outras conquistas importantes.

Copa do mundo e o pentacampeonato visto do banco

Quando a convocação para a Copa do Mundo de 2002 saiu, estava mais do que claro que os dois principais goleiros seriam Marcos, do Palmeiras, e Rogério Ceni, do São Paulo. No entanto, qual dos dois seria o titular? 

Apesar de Marcos ser um grande goleiro, não era raro encontrar quem dissesse que Rogério poderia facilmente tomar a vaga do palmeirense, principalmente pela capacidade de Ceni de marcar gols de falta, algo que poderia ajudar a seleção em jogos difíceis.

O escolhido para defender o gol da seleção naquela Copa foi Marcos, mas Rogério Ceni foi fundamental também para motivar seus companheiros e trazer de volta a taça para o Brasil depois de 8 anos.

Mundial de 2005 e a coroação do M1to

Após vencer o Atlético Paranaense na decisão da Taça Libertadores, o São Paulo chegou a decisão do Mundial de Clubes para enfrentar o poderoso Liverpool-ING. 

Os ingleses haviam vencido a Champions League contra o Milan de Kaká, em uma das finais mais emocionantes da história da competição, fazendo com que o time inglês conquistasse o status de favorito a conquistar o mundial de clubes. 

Se naquela época já existissem os sites de apostas online no Brasil, como a Netbet, ou a Bet365, certamente as odds do tricolor estariam lá em cima, tamanho era o favoritismo do Liverpool.

Mas se os ingleses tinham Gerrard, o São Paulo tinha Rogério Ceni. O goleiro foi fundamental para a conquista do tricampeonato mundial do tricolor. Ceni comandou a defesa em todos os momentos e, após o gol de Mineiro ainda no primeiro tempo, tratou de segurar todos os ataques do Liverpool. 

A cobrança de falta de Gerrard defendida por Ceni, contraria a máxima de que não existe defesa para a cobrança de falta perfeita. 

Com essa vitória, Rogério saiu do mundial ainda maior do que quando entrou e seu nome foi tatuado no coração de todo torcedor são-paulino, que até hoje lembra, com um sorriso no rosto, os feitos do M1to. 

“Todos tem goleiros, mas só nós temos Rogério”.