Jogador do São Paulo supera depressão, bate marcas e conquista títulos
O São Paulo vive um de seus melhores momentos dos últimos anos. Campeões da Copa do Brasil e da Supercopa, o Tricolor exalta alegria. Um fator determinante para a subida de nível do time foi o volante Alisson, que trocou de posição e se tornou peça fundamental na equipe.
O atleta chegou a marca de 100 jogos pelo clube na última quarta-feira (7), diante do Água Santa, no Morumbis. Neste período, acumulou 50 vitórias, 25 empates e 25 derrotas. O jogador vive seu melhor momento no Tricolor após passar por uma situação turbulenta.
No começo do ano passado, o atleta foi diagnosticado com depressão, algo que o tirou da pré temporada do clube. Ele recebeu apoio da diretoria, profissionais do clube e companheiros, que, gradualmente, o ajudaram a sair e retomar sua rotina normal.
“Eles (psiquiatras) falaram ‘Olha, você está com um início de depressão, uma crise de ansiedade, mas calma que a gente vai cuidar’. Só que eu não via esperança nenhuma, eu me sentia muito mal. Vivi minha vida inteira com futebol, mas não conseguia ver nem meu filho brincando, então foi algo muito difícil assim para mim. Foram três, quatro semanas. Eu fiquei muito mal, sabe? Sem ver futebol, sem ver nada”, revelou, em entrevista a ESPN ainda no ano passado.
Mudança de posição transformou Alisson em peça-chave no SPFC
Depois de retornar aos gramados em fevereiro, ainda no meio do Campeonato Paulista, a carreira de Alisson deu uma alavancada. Ele acabou trocando de posição com a chegada de Dorival Júnior, que o enxergava como um volante. Sob o comando de Rogério Ceni, ativa como um meia/ponta mais avançado, posição que jogou em toda a sua carreira.
Ao se tornar mais defensivo, o jogador não saiu mais do time titular. Foi um dos pilares na conquista da Copa do Brasil em cima do Flamengo, e renasceu no clube. No último domingo (4), foi titular na conquista da Supercopa, diante do Palmeiras.
A confiança passou de Dorival a Thiago Carpini, que também o considera como peça fundamental na equipe. Ele atuou em seis duelos (cinco como titular) do Tricolor neste ano, e a tendência é que se mantenha entre os onze iniciais.