Utilizando o exemplo de Daniel Alves, que foi condenado a quatro anos e meio por estupro, a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves, anunciou novas medidas para o combate a violencia contra a mulher no Brasil.
Uma das ações é a realização da campanha Feminicídio Zero, que visa conscientizar ainda mais as pessoas sobre casos de violência. O início previsto para a mesma é neste mês de agosto, mas a intenção é que fique “guardada” nas memórias de todos os brasileiros para sempre, através de manifestos e divulgação de gráficos e estatísticas do assunto.
“A conversa tanto com o presidente do Corinthians quanto com o presidente do Flamengo, que foram as mais demoradas, nessa perspectiva de que nós precisamos ter agora no mês de agosto uma posição, é de os jogadores entrarem com braçadeira, ter faixa, mas, afora isso, precisa que o time também pense em um programa para as suas bases, para os seus futuros jogadores, para que a gente não possa ter [casos como o de] Daniel Alves e Robinho”, disse Cida.
Ministra quer levar as ações para dentro dos gramados
Apesar do corte de gastos previsto, Cida Gonçalves trouxe a pauta aos clubes brasileiros e outras empresas. A mesma revelou ao UOL que conversou com Flamengo e Corinthians, e que deve levar a proposta para a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) e Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo) .
Uma das ações previstas na campanha é a utilização de braçadeiras e faixas conscientizadoras da violência de gênero. A ideia de divulgação seria durante os próprios jogos, com frases de efeito, cartazes, faixas, entre outros.
“Nós precisamos investir enquanto governo, sabemos da nossa responsabilidade, vamos continuar fazendo isso mesmo com o contingenciamento, mas só o governo, a política pública, hoje, nós não vamos dar conta de enfrentar a violência contra as mulheres. Ou nós mobilizamos a sociedade para criar uma nova cultura, outros espaços, outras formas de mobilização, ou nós não vamos conseguir”, concluiu Cida.
