Créditos: Reprodução/Thiago Ribeiro/AGIF
Depois de 51 anos de espera, o Botafogo chegou a uma semifinal de Libertadores da América. A equipe carioca derrotou o São Paulo, nos pênaltis, nesta quarta-feira (25), no Morumbis, e segue em busca de seu primeiro título da competição continental.
Durante a entrevista coletiva pós-jogo, o técnico do Botafogo, Artur Jorge, se irritou com uma pergunta referente ao time e o que aconteceu na temporada passada, quando perdeu a vantagem que tinha em relação ao Palmeiras, que acabou sendo campeão brasileiro.
“Já temos mais de 10 meses desta temporada e vocês continuam a falar da temporada anterior. Falem deste jogo que ganhamos, do adversário que passamos, e que estamos mais uma vez nas semifinais das Libertadores. Falem disso, não faz sentido falar disso 10 meses depois daquilo que foi a temporada anterior. Desculpa, mas não faz sentido nenhum”, disse o português.
Carlos Mansur ‘desce a lenha’ no treinador
Durante o programa “Troca de Passes”, do Sportv, o comentarista Carlos Eduardo Mansur condenou a resposta de Artur Jorge. Ele pediu mais respeito aos jornalistas, que no final das contas, estão apenas fazendo seus trabalhos.
“Não dá essa nova moda dos profissionais do futebol dizerem o que os jornalistas devem perguntar. Tem que entender que o jornalista pergunta, com educação, e o profissional do futebol tem até o direito de não querer responder, ou explicar educadamente que entende não ser pertinente o assunto ser abordado. É preciso também um pouco de compreensão do que é o nosso trabalho”, comentou.
Por fim, Mansur criticou o tom do português em querer orientar o tipo de pergunta feita pelos jornalistas. Apesar de rasgar elogios ao treinador dentro dos gramados, o jornalista não perdoou a atitude.
“Dizer ‘você tem que perguntar isso’, falar palavrões, resmungar enquanto o jornalista está perguntando, isso tudo é uma mistura de falta de educação com grosseria. O trabalho de Artur Jorge é brilhante em campo, ele não precisa dar esse tipo de resposta grosseira a um profissional que está ali a trabalho tanto quanto ele. O tratamento precisa ser respeitoso”, finalizou.