São Paulo “se une” ao Atlético-MG em busca de mais dinheiro
As Sociedades Anônimas do Futebol (SAFs) chegaram com tudo no futebol brasileiro, e diversos clubes da primeira divisão já adotaram o modelo. Por sinal, o São Paulo se juntou ao Atlético-MG para flertar com a Faria Lima em busca de soluções financeiras.
Em parceria com a Galapagos Capital e a OutField, o Tricolor criou um Fundo de Investimento em Direitos Creditórios (FIDC) para reduzir sua dívida. O time mineiro, que perdeu a final da Copa do Brasil neste domingo (10) para o Flamengo, também visa o mercado para reduzir o que deve.
“Estamos passando por um momento de transformação. Já começamos a ver algumas alternativas não só saindo dos clubes, mas vindo aos clubes. Diferente [em relação ao fundo estruturado pelo São Paulo] o que temos nesse novo perfil do Galo. Já houve uma amortização, já existe uma operação mais eficiente. Agora é uma busca por mais ajuste de fluxo de caixa em médio prazo. Passa-se a procurar por outro tipo de mecanismo”, disse
Pedro Daniel, diretor executivo da Ernst & Young.
O São Paulo visa diminuir a dívida bancária, que acaba sendo um dos principais empecilhos no cotidiano dos dirigentes. Com juros altos, o Tricolor visa arrecadar dinheiro com base em obrigações a serem cumpridas para quitar o que deve, alongando as dívidas e gerando um alívio financeiro.
Na visão de Pedro Daniel, o clube paulista não caminha para se tornar um SAF, mas coloca-se como uma associação. “É pouco provável que vejamos, no primeiro momento, os bancos de primeira linha fazendo grandes projetos no setor. Falta infraestrutura financeira, uma regulação mais robusta que mitiga o risco, principalmente para esses bancos”, diz.
Já o Atlético conseguiu reduzir sua dívida líquida de R$ 2,1 bilhões para R$ 1,3 bilhão no ano passado. O clube contou com a ajuda de aportes vindo dos acionistas. O objetivo é ganhar R$ 105 milhões para abaixar ainda mais os débitos.