São Paulo dispensou dupla de R$ 800 milhões

Conhecido pelo talento no  uso de suas categorias de base, o São Paulo se postulou como um dos principais reveladores de jovens atletas não só do Brasil, e sim do mundo. Por sinal, o último brasileiro que ganhou o prêmio da Bola de Ouro, dado ao melhor jogador do mundo, foi Kaká, criado e formado em Cotia.

Todavia, dois episódios recentes vieram à tona e escancararam uma falha no sistema de captação de jovens do Tricolor. Isto porque o clube perdeu a chance de lucrar quase R$ 800 milhões com dois jogadores. Tratam-se dos atacantes Endrick, do Palmeiras, e Vitor Roque, do Athleico-PR.

Ainda aos oito anos de idade, Endrick defendia o Brasília Fut Academy, que tinha parceria com o Tricolor. De olho no jovem, o SPFC realizava dois testes anuais por ano para avaliá-lo na época. 

Aos 10 anos, ele já tinha idade suficiente para morar no alojamento em Cotia, e recebeu uma oferta do Tricolor. Seu pai, Douglas, pediu uma moradia para a família do jogador, ou mesmo um emprego, já que moravam em Brasília. O clube recusou e ofereceu R$ 150 mensais como ajuda, proposta que foi recusada pela família. O resto é história, na qual Endrick foi jogar no Palmeiras, e foi vendido ao Real Madrid por cerca de R$ 400 milhões.

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Vitor Roque foi recusado em teste no SPFC

Ainda em maio deste ano, Vitor Roque, principal estrela do Athletico-PR, revelou que realizou um teste para jogar no São Paulo. Todavia, ele atuava como volante na época, e foi improvisado como zagueiro na peneira, na qual foi reprovado.

“Eu comecei de volante lá na minha cidade. Aos 9 anos fiz uma peneira no São Paulo. Na época tinha uma peneiras na cidade e o pessoal do São Paulo foi lá ver os moleques da cidade. Aí eu estava de volante, mas estava faltando um zagueiro e me colocaram de zagueiro. Só que aí eu não sabia nada e não passei”, disse o jovem, em entrevista a TNT Sports.

Nos últimos meses, Vitor Roque foi vendido ao Barcelona pelo valor fixo de 40 milhões de euros fixos (cerca de R$ 212 milhões), junto a  21 milhões de euros (R$ 111 milhões) de bônus por metas (gols, assistências, títulos, etc), fora 13 milhões em impostos. A transferência chega a quase R$ 400 milhões, assim como a de Endrick.