James Rodríguez teve sua saída confirmada do São Paulo pouco depois da última Copa América. O colombiano chegou a um acordo com a diretoria do clube pela rescisão de contrato depois de somente 22 partidas disputadas, com dois gols marcados e quatro assistências.
Em entrevista ao Podcast Denílson Show desta segunda-feira (18), o lateral-direito Rafinha comentou um pouco sobre a passagem e relação com o ex-meia do Real Madrid. Ele contou que ambos chegaram a brigar enquanto vestiam a camisa do São Paulo após o veterano “cobrar” o colombiano. Segundo ele, diversos jogadores viviam um ótimo momento naquela época e não poderiam ser sacados da equipe.
“James é meu parceiro, meu irmão. Jogou comigo no Bayern, mas ficou sem falar comigo e chegamos a brigar. Eu não briguei, mas ele ficou bravo comigo porque eu chamei a atenção dele lá dentro. No São Paulo, éramos um monte de soldadinho, quem estava voando no momento era o Rato, que estava fazendo gol, Calleri, Nestor estava arrebentando, Luciano fazendo gol. Então, a cozinha estava ajeitada. Quando ele chegou, ele achou que ia chegar jogando e o Dorival falou que ia ver, que conforme ele fosse treinando, ele iria jogando contou o lateral.
O lateral também deixou claro que teve participação fundamental na contratação de James Rodríguez. Ele contou que ligava direto para o ex-companheiro de equipe, já que ambos tinham uma boa relação após passarem alguns anos juntos no Bayern de Munique.
“Era um cara que eu tinha o maior respeito, ligamos para ele durante toda as férias para vir para cá [São Paulo]. Aí chegou aqui e, vamos dizer assim, o James é o Ronaldo da Colômbia, é o camisa 10, capitão, estrela maior do país, 2 Champions pelo Real Madrid, artilheiro de Copa, então os camisa 10 são diferentes, sabem da responsabilidade”, prosseguiu.
Frustração de James
Por fim, Rafinha revelou que conversou com James nos primeiros meses visando dar algumas dicas para a melhor adaptação. O veterano conta que as palavras não foram muito bem aceitas pelo colombiano.
“Ele sentiu que não estava sendo prestigiado. O jogador mais importante nosso era o Lucas, que nasceu aqui, que é diferente, é nosso craque. Ai o Lucas chegou atropelando e o James mais na dele. Então o James se sentiu meio desprestigiado, queria mais atenção e não tinha como. No dia que fomos explicar para ele, ele [James] ficou zangado comigo. Falei que não era o treinador, que sou jogador igual ele e estava lá para ajudar. Mas ele ficou meio chateado depois e baixou um pouco a guarda”, finalizou.
