Durante participação no evento Summit CBF Academy nesta terça-feira (26), o presidente do São Paulo, Julio Casares, admitiu que a situação financeira do São Paulo está longe de ser boa. O mandatário revelou que o clube registrou um “déficit muito alto” em 2024 e preocupou os torcedores.
Segundo Casares, a priorização de conquistas ao longo de seus mandatos foram prejudiciais para a saúde financeira. O Tricolor quebrou o jejum de títulos no Campeonato Paulista de 2021, além dos títulos da Copa do Brasil, em 2023, e da Supercopa deste ano. Neste período, o clube recusou algumas propostas de venda atletas.
Será o segundo ano seguido que o clube fecha no vermelho. No ano passado, o São Paulo fechou as contas com um déficit de R$ 62,2 milhões, mesmo com o recorde de R$ 680,7 milhões em receitas.
“Claro que é ruim terminar o exercício com déficit muito alto, mas o São Paulo ao priorizar aquelas disputas… Eu me lembro que antes da final contra o Flamengo tínhamos propostas para quatro jogadores titulares. Naquele momento, eu iria terminar o ano com superávit se tivesse vendido. Mas, naquele momento, era muito importante a conquista. Corremos riscos”, comentou o presidente.
SPFC aposta no FIDC para se livrar das dívidas bancárias
Visando uma alternativa para a situação, o São Paulo aprovou a criação de um Fundo de Investimentos em Direitos Creditórios (FIDC), que será administrado pela gestora Galapagos. O clube visa a arrecadação de R$ 250 milhões para alongar e , posteriormente, zerar suas dívidas bancárias.
“Eu não tinha capacidade financeira nem o plano de recuperação que essas instituições, como Palmeiras e Flamengo, conseguiram ter. O passado deles vai ser o meu presente agora. O FDIC e outras ações em curso vão trazer ao São Paulo a necessidade de ser cada vez mais criativo na construção do elenco. Eu já avisei o conselho que no fim do ano vai ter déficit, mas com o fundo vamos ter tranquilidade. Ganhamos a Copa do Brasil, Estadual e a Supercopa. Foi uma aposta? Foi. Mas precisávamos fazer”, concluiu Casares.
