Não deixou saudades no São Paulo, se aposentou e agora trabalha com tijolos
Apesar de ter sido campeão da Copa Sul-Americana com o São Paulo em 2012, o ex-meia Jadson “saiu pela porta dos fundos”. O atleta foi envolvido em uma troca por Alexandre Pato, e se tornou ídolo do Corinthians pouco tempo depois. Por lá, venceu dois títulos do Campeonato Brasileiro e mais três Estaduais.
Depois de anunciar sua aposentadoria, Jadson optou por investir em uma carreira um tanto quanto diferente. Ele largou o esporte e entrou no mundo dos negócios, mais precisamente de construção civil e energia responsável (solar).
Em entrevista concedida ao Globo Esporte no ano passado, Jadson falou sobre sua saída polêmica do Corinthians e a situação vivida pelo clube na época. Para ele, o técnico Tiago Nunes, contratado em 2020, foi usado como “fantoche” da diretoria.
“Ali, na verdade, analisando muito bem, o Tiago Nunes entrou como um fantoche. Às vezes, a própria diretoria disse que tinha que tirar eu e o Ralf. Ele foi contratado, colocou a cara a bater, mas acho que não foi ele, não. O Tiago não teria essa força. Na minha opinião, teve envolvimento da diretoria por trás”, comentou.
Depois do Alvinegro, veio a defender as cores do Athletico-PR, Avaí e Vitória. Mesmo assim, ficou sentido pela forma com que outros jogadores foram tratados naquele ano, como o volante Ralf, ídolo da torcida.
“Eu achei uma sacanagem maior com o Ralf, uma história muito maior que a minha. Foi sacanagem comigo também, mas mais com ele. Mas faz parte, o futebol tem muito disso, muita trairagem. Depois que o tempo passa, você começa a analisar que o futebol é momento. No futebol, ninguém entende. Nem falo dos torcedores, mais da diretoria. Se você está bem, eles te levam no banho-Maria. Se está mal, não serve. Tem muito disso. Eles aproveitaram desse ano mal e me mandaram embora. O Ralf não sei o porquê, era um cara dedicado”, continuo.
Jadson fala sobre processo contra o Corinthians
Após sua saída, o ex-meia decidiu entrar com uma ação judicial contra o Corinthians. Ele alega que a diretoria não cumpriu alguns combinados que tinham, e no final das contas, ele estava buscando um acordo mútuo.
“É um direito, né? Se houve um acordo e não foi cumprido, eu tenho que buscar meu direitos. O meu advogado não entrou contra o clube, mas querendo chegar em um acordo. Os torcedores não entendem, acham que o clube está certo. Os caras tentam colocar você contra a torcida, que você é o errado. Não tenho nada contra o clube. Tenho um carinho muito grande pela torcida e pelo Corinthians. Eu sou corintiano, mas o justo é o justo. É a questão da diretoria me ligar e chegar em um acordo”, concluiu.