Muricy foi convocado às pressas pelo São Paulo para definição impactante no Tricolor

Créditos: Reprodução/São Paulo FC

Visando uma padronização do estilo de jogo em todas as categorias de base, o São Paulo buscou a ajuda de Muricy Ramalho para auxiliar no processo junto a Márcio Araújo, contratado para auxiliar na base. Em entrevista ao UOL Esporte, Douglas Schwartzmann, atual supervisor de Cotia, explicou como funcionará a ideia.

“A primeira mudança que fiz foi na coordenação técnica, porque não tinha. Do (sub) 15 até o 20, cada um tinha um estilo de jogo. Trouxe o Márcio Araújo, essa foi a primeira mudança significativa. Tem identidade do São Paulo, nasceu aqui, passou como técnico também. Ele consegue fazer um trabalho de dia a dia com os treinadores e atletas para identificar as dificuldades. Ele é quem tem o olhar para fazer a transição de uma categoria para a outra, tem um olho bom, o que é importante”, iniciou Douglas.

O diretor das categorias de base do São Paulo falou sobre a padronização dentro de campo e também sobre a “hierarquia” relacionada aos atletas que são da base e acabam subindo ao time profissional. A grande maioria passa por um período de adaptação antes de iniciarem as partidas.

“Ele (Márcio) chegou para padronizar o estilo de jogo entre as categorias, mas ainda estamos no processo. É um pedido do Muricy e ele próprio deve estar lá após as férias para ajudar nessa padronização do 12 até o 20. Planejar a transição para o profissional de forma mais direta é o próximo desafio. Hoje, meninos sobem, mas ficam um ano, dois anos para assumir a reserva. Tenho que ter jogadores mais bem preparados para que eles recebam jogadores fisicamente preparados para disputar posição, não para maturar lá dentro. É um objetivo para 2025 e 2026: tentar entregar o jogador pronto o mais jovem possível”, prosseguiu.

“Jogadores sobem muito cedo”, diz dirigente do São Paulo

Por fim, Douglas disse que, para ele, os jogadores das categorias de base acabam sendo promovidos de maneira precoce em relação ao ideal projetado. Um fato decisivo é a procura de clubes da Europa, que buscam jogadores cada vez mais jovens no mercado sul-americano e mundial.

“Acho que jogadores sobem muito cedo, mas a necessidade do futebol e a procura da Europa acabou encurtando esse caminho. Com o tempo, gostaria de não ter jogadores no sub-20 em último ano. Temos um atleta de 20 anos (Hugo) que o Zubeldía gostou, ele está maduro, mas se o Zubeldía não gostasse, a partir de fevereiro ele não teria categoria para jogar. É um jogador que briguei muito, insisti muito para efetivar a compra, pois o empréstimo vencia em janeiro”, finalizou.