Dono do recorde de medalhas olímpicas, com 28 conquistas entre os Jogos de Atenas 2004 e Rio 2016, o ex-nadador norte-americano Michael Phelps foi enfático ao ser perguntado sobre atletas pegos no doping. Em um evento realizado nessa segunda-feira (5), Phelps defendeu banimento vitalício dos competidores.
“Se o seu teste der positivo, você nunca deveria poder voltar e competir novamente, pura e simplesmente”, disse. A declaração do ex-nadador acontece em meio à polêmica sobre os 23 nadadores chineses flagrados em testes anti-doping mas que foram autorizados a participar das Olimpíadas de Tóquio 2020.
Antes dos últimos Jogos, a Agência Mundial Antidoping (Wada) e a World Aquatics identificaram que 23 nadadores chineses testaram positivo em exames antidoping. Porém, os resultados não tinham sido tornados públicos. Eles só vieram a público neste ano.
Nove desses 23 nadadores conquistaram medalhas em Paris, o que tem causado polêmica e levado a personalidades da natação a se manifestar e Phelps foi mais uma delas. Sincero, ele alegou que os chineses flagrados no antidoping não deveriam ser autorizados a competir em Tóquio, Paris ou em qualquer outro lugar.
“Se todos não passarem pelos mesmos testes, tenho um problema sério, porque significa que o nível do esporte não é justo e nem nivelado. Eu me submeti a fazer mais exames – sangue e urina – semanalmente. Por quê? Pela razão que eu poderia dizer que não estou trapaceando e estou limpo e aqui estão os resultados”, afirmou.
Phelps ainda concluiu: “Fiz isso de maneira limpa. Ganhei 23 medalhas de ouro olímpicas de forma limpa. Eu acho que nunca competi em campo equilibrado ou limpo. Tenho algumas especulações de alguns atletas contra quem competi e que pensei que estivessem (dopados). Mas isso está fora do meu controle”.
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