Justiça nega pedido da defesa de Robinho

Nesta segunda-feira (22), a Justiça negou um pedido da defesa do ex-jogador Robinho para sair da cadeia antes do previsto. Ele se encontra na Penitenciária 2, em Tremembé, no interior de São Paulo, e foi condenado a nove anos por estupro contra uma mulher em buma boate na Itália.

De acordo com informações divulgadas pelo portal Globo Esporte, a defesa do ex-atleta entrou com o pedido para que ele fosse condenado a um crime “comum” e não “hediondo”. Contudo, o  juiz Luiz Guilherme Cursino de Moura Santos, da Vara de Execuções Criminais de São José dos Campos, manteve a decisão anterior e frustrou o advogado.

Robinho e seus advogados teriam feito o pedido em maio, já que alegam que a sentença, que foi homologada na Itália, não consta como crime hediondo. De acordo com o advogado Mário Rossi Vale, o crime deixou de se enquadrar na categoria em 2019. Em contato com o protal citado anteriormente, a defesa de Robinho afirmou que irá recorrer a decisão.

“[…] A mera homologação da sentença italiana pelo STJ não é suficiente para conferir ao crime a hediondez, pois tal classificação depende da expressa previsão legal”, disse o advogado no documento.

Condenação de Robinho

Robinho e um grupo de amigos teriam estuprado uma mulher albanesa em uma boate em Milão, em 2013. Na época, o ex-atacante jogava no Milan, da Itália, clube no qual era um dos principais jogadores.

Após a repercussão e julgamento do caso, o brasileiro foi condenado em última instancia por estupro coletivo em 2022, na Itália. Como estava no Brasil, não pode ser preso na Europa, já que a lei brasileira não permite a extradição de condenados. Acabou tendo sua sentença transferida ao Brasil e está preso desde março.