Juiz que atrapalhou o São Paulo ganha R$ 7 mil pra apitar na várzea

No último dia 11, o São Paulo foi a Belo Horizonte e perdeu por 2 a 1 para o Atlético-MG, na Arena MRV, pela 16° rodada do Campeonato Brasileiro. A partida contou com muita polêmica em relação a abordagem.

Os são-paulinos ficaram na bronca com o árbitro Marcelo de Lima Henrique, que, na visão do clube, prejudicou o resultado e o andamento da partida. Isso porque os dois gols do time mineiro saíram de decisões consideradas “polêmicas”.

A primeira delas foi no primeiro gol, quando o juiz assinalou uma falta de Luiz Gustavo. Rafael defendeu a cobrança e Eduardo Vargas marcou no rebote. No final do primeiro tempo, o zagueiro Alan Franco escorou uma bola de cabeça que acabou tocando em Paulinho e morreu no fundo das redes. O SPFC alega que a bola bateu na mão do atacante do Galo antes de entrar.

Marcelo de Lima Henrique fala sobre apitar na várzea

Depois de toda a polêmica, Marcelo de Lima Henrique retornou aos gramados no último domingo (14), quando apitou uma partida do futebol de várzea. Por sinal, o árbitro recebeu um cachê de R$ 7 mil no duelo.

“Aqui (várzea) é onde comecei. Aqui é onde o futebol respira e aqui tem que apitar, meu irmão, se não o bicho pega. Aqui é minha terra, minha casa, trato todo mundo com respeito, com humildade. Hoje vimos aqui um grande jogo. Obviamente não sou perfeito, a gente erra e acerta, mas sou apaixonado por isso aqui. Quando estou na várzea, eu estou muito feliz ainda mais com uma organização maravilhosa como a do Oziel”, disse, em entrevista à Globo.

Marcelo comentou que apitar um jogo na várzea é um treinamento tanto técnico quanto na parte mental. Ele se mostrou muito empolgado pela oportunidade: “O árbitro treina quando ele apita. Aqui (várzea) é o treino técnico e mental. É uma maneira de treinar e eu agradeço esse convite. Sei que eu não vou agradar todo mundo, mas esse povo respeitoso faz valer a pena estar na várzea”.