França revela segredo por trás do seu fracasso na Seleção Brasileira

Imagem: placar.abril.com.br

Ídolo do São Paulo e quinto maior artilheiro da história do clube com 182 gols marcados, França marcou uma geração. Contudo, apesar do grande  sucesso no Tricolor do Morumbi, sua passagem pela Seleção Brasileira foi justamente o oposto. Depois de pendurar as chuteiras, o ex-atacante reconhece que por mais que tenha feito de tudo pelo SPFC, ainda faltou algo a mais para alcançar o mesmo sucesso com a camisa do Brasil.

“Eu não posso reclamar. Tenho consciência de que fiz um trabalho incrível no São Paulo, mas não fiz um trabalho muito bom na seleção. E também tenho consciência que não é culpa de ninguém. Recebi minha chance da seleção e fui incompetente, vamos dizer assim. Na seleção você tem pouca chance dentro da área para fazer um gol. No clube você tem mais. Por isso que na seleção é bem mais difícil”, disse, em entrevista à ESPN Brasil.

Ele jogou pela Amarelinha em oito duelos, sendo somente três deles por todos os 90 minutos. Seu único gol marcado foi justamente em sua estreia, no empate em 1 a 1 contra a Inglaterra, em Wembley. Ganhou a confiança do então técnico Vanderlei Luxemburgo, e foi titular em três partidas consecutivas nas eliminatórias (Peru, Uruguai e Paraguai), mas perdeu o espaço.

Ganhou uma nova chance com Luiz Felipe Scolari em 2002, mas uma lesão acabou o tirando da possível convocação para o Mundial, que mais tarde seria conquistado pela Seleção Brasileira.

“No meu caso eu tive algumas partidas de titular, contra o Peru, contra a Colômbia no Morumbi. Tive a chance de carimbar o passaporte de vez. Se eu tivesse feito todos os gols nas eliminatórias, com certeza eu ia ficando, porque treinador não tira o atacante que faz gol. Tanto é que quando aconteceu com a Inglaterra, eu fiz o gol, aquilo ali garantiu minha convocação já para os próximos jogos”, opinou França.

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França revela que que era mais timido na Seleção e que deveria ter feito mais gols

Na visão do ex-goleador, sua personalidade também pode ter afetado seu tempo na Seleção. Isto porque no São Paulo, ele se sentia em casa, era ídolo da torcida e referência para os outros jogadores. Quando representava o país, a timidez tomava conta.

“Eu sinto que eu era muito tímido na seleção. Acho que deveria me soltar mais, ter mais um pouco mais de personalidade, não de jogar, mas de conquistar do zero o respeito que eu tinha no São Paulo. Porque, no São Paulo, quando eu vinha no vestiário, já dava para ver a alegria dos meus parceiros. ‘Pô, chegou o homem que vai dar o bicho para a gente’. Eu queria ser chamado assim na seleção como Romário era, como o Ronaldo era”, concluiu.