Fifa e CBF vão pagar salário milionário de jogador de rival do São Paulo

Créditos: Divulgação / CBF Oficial

Até então titular absoluto do Flamengo, o atacante Pedro se machucou durante a última data Fifa, em setembro,  e está fora do restante da temporada. Dito isso, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) junto a Fifa irão pagar o salário do atleta enquanto se recupera da ruptura do ligamento cruzado anterior do joelho esquerdo.

A ação parte da própria entidade internacional, que criou o Programa de Proteção ao Clube em 2012, e deve pagar 20,5 mil euros diários (R$ 123,8 mil na cotação atual) a partir do 29° dia após a lesão. Vale destacar que a Fifa cobre o custos apenas dos jogadores que se machucaram à serviço de suas seleções.

Entretanto, o sistema de salários do futebol brasilero é diferente. Isso porque 60% pertencem à Carteira de Trabalho, responsabilidade da Fifa. Os outros 40%, que correspondem a direitos de imagem, serão pagos pela CBF.

As duas entidades param de pagar o salário de Pedro quando o atleta retornar aos treinos no CT do Flamengo. A quantia máxima paga pela Fifa é de 7,5 milhões de euros, algo em torno de R$ 45 milhões.

Pedro se machucou gravemente no dia 4 de setembro, durante um treinamento com o restante do grupo da Seleção Brasileira. Precisou passar por uma cirurgia. A previsão de retorno aos gramados é de cerca de 10 meses.

Médica fala sobre a lesão de Pedro

Em contato com o Lance!, a doutora Flávia Magalhães, especialista em medicina do esporte, comentou sobre a situação de Pedro, que não é nada fácil. Segundo a médica, os profissionais devem observar de perto a lesão do atleta.

“Quando o atleta sai do clube e vai para a seleção, há mudanças na rotina de treinos, na carga, na qualidade dos adversários e na competitividade. É importante avaliarmos as questões individuais, se existe alguma descompensação mecano funcional como, por exemplo, a dorsiflexão de tornozelo; se há rigidez, disfunção dos movimentos, baixa força de adutores do quadril, desequilíbrios musculares entre os flexores e extensores do joelho e se há instabilidades de tronco. Além disso, pensamos também em demais parâmetros que envolvem a saúde do atleta como sono, alimentação e saúde mental”, disse.