Em um caso que tem atraído a atenção do mundo esportivo, surgiu a notícia de uma investigação envolvendo supostas manipulações de resultados no futebol brasileiro. As suspeitas tiveram origem em uma partida entre Inter de Limeira e Patrocinense, ocorrida em junho do ano passado, onde o time paulista venceu por 3 a 0. A investigação conduzida pela Polícia Federal resultou na identificação de várias figuras relacionadas ao caso.
O relatório final do inquérito, assinado por auditor do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), cita nomes importantes, incluindo aqueles relacionados ao Patrocinense. A lista inclui o nome de Estevam Soares, técnico que, em 2004, levou o Palmeiras à quarta colocação no Campeonato Brasileiro e que estava à frente do Patrocinense na partida que está sendo investigada. Além dele, outros cinco indivíduos também são citados:
- Richard Sant Clair Silva, conhecido como Richard Bala, ex-zagueiro do Patrocinense, que participou da partida contra a Inter de Limeira;
- Felipe Gama Chaves, antigo goleiro do Patrocinense, que também atuou contra a Inter de Limeira e atualmente joga no Darmstadt, na Alemanha;
- Rodolfo Santos de Abreu, mais conhecido como Dodô, que era auxiliar técnico do Patrocinense no momento do jogo em questão;
- Anderson Ibrahin Rocha, dirigente que assumiu a gestão do futebol do clube na época da partida investigada;
- Marcos Vinicius da Conceição, que seria um possível investidor do clube.
Quais foram as acusações levantadas?
De acordo com o auditor, os envolvidos no caso podem ter violado o artigo 242 do código desportivo, que proíbe ações deliberadamente prejudiciais à equipe que defendem. Existe também a acusação de que alguns desses indivíduos poderiam ter prometido ou recebido vantagens indevidas, configurando uma infração ao artigo 243. As penas para tais infrações variam desde multas financeiras a suspensões por um período determinado.
Investigações indicaram que durante a partida investigada, certos jogadores teriam facilitado a vitória do time adversário. O relatório sugeriu que um desses atletas marcou um gol contra, enquanto outro permitiu que um gol fosse marcado por omissão. Tais ações suspeitas sobrecarregam o clube com a necessidade de provar sua inocência no tribunal desportivo.
O Patrocinense se vê no centro desse turbilhão devido a um contrato estabelecido com a empresa AIR GOLDEN, responsável por indicar jogadores para o time. Esse contrato trouxe à tona suspeitas de comportamento ilícito entre os atletas, o que levou o clube a tomar medidas rápidas e denunciar as práticas à Confederação Brasileira de Futebol. Após o rompimento do contrato, o Patrocinense passou a cooperar com as autoridades para esclarecer sua posição como, segundo eles, vítima de um esquema amplo e criminoso.
Conforme o comunicou a própria diretoria, o clube agora enfrenta dificuldades financeiras adicionais devido a processos trabalhistas motivados pela quebra de contrato e inadimplência por parte da AIR GOLDEN.