Divulgação/Maracanã
O São Paulo foi ao Maracanã e perdeu por 2 a 0 para o Fluminense no último domingo (1). O Tricolor retorna à capital paulista e terá a pausa da data Fifa para se reorganizar, já que foi a segunda derrota seguida (perdeu por 1 a 0 para o Atlético-MG, pela Copa do Brasil).
O duelo contra os cariocas contou com muita polêmica. Isso porque o gol do Fluminense surgiu de uma jogada na qual Thiago Silva teria cometido uma falta ao colocar a mão na bola. Segundo o ex-árbitro, Sálvio Spínola, o SPFC pode acionar os tribunais.
“Fluminense x São Paulo pode ter o terceiro tempo nos tribunais. O assistente agita a bandeira informando que houve uma falta. Pelas imagens, não há o apito do árbitro confirmando que houve a falta. O Thiago Silva coloca a mão na bola, cobra a falta e sai o gol do Fluminense”, disse Sálvio.
Tudo começou após uma disputa de Calleri com Thiago Santos. O auxiliar (bandeirinha) sofreu falta, que não foi marcada por Paulo César Zanovelli. Mesmo assim, Thiago Silva cobra a suposta “falta”, originando a jogada do gol do adversário. Ainda segundo Sálvio, o STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva) pode analisar as imagens e anular o jogo.
“O árbitro não é obrigado a marcar a falta quando o assistente sinaliza. Se o árbitro não marcou a falta, ele deveria ter marcado mão na bola do Thiago Silva. O STJD vai analisar essa imagem e essa lambança. Isso pode ser caracterizado erro de direito, e erro de direito anula uma partida”, concluiu.
Advogado defende possível anulação
Em entrevista ao “UOL Esporte”, o advogado Carlos Henrique Ramos, especialista em direito desportivo, disse que há uma chance de anulação do duelo dependendo da posição do STJD.
“Caso fique comprovado pelas imagens e pela sonora da partida que de fato não houve a marcação da falta e que, quando ao monitor, o árbitro ignorou a regra e validou o gol, teria havido erro de direito, o que legitimaria um pedido de anulação de partida junto ao STJD. Mas é preciso frisar que tudo fica no condicional, a depender de uma análise mais aprofundada do ocorrido”, comentou.