Ex-jogador do São Paulo apanhou em festa e precisou fugir de ilha nadando

Créditos: Reprodução/São Paulo Futebol Clube

Promessa das categorias de base de Cotia, Patrick chegou ao fundo do poço em sua carreira esportiva e agora busca um recomeço. O atleta chegou a apanhar em uma festa em uma ilha e fugiu nadando do local. Com 31 anos de idade, o jogador relembrou de algumas histórias de sua vida em entrevista ao Globo Esporte. 

Nascido em Uberaba, Patrick atualmente defende as cores do  Pattaya United, time da 2ª Divisão da Tailândia. Já defendeu times da Indonésia, na Malásia, na Rússia, no Vietnã e em Malta, mas sua carreira começou em Cotia, ao lado dos são-paulinos Lucas Moura, Casemiro e Rodrigo Caio. Por sinal, recusou uma oferta do Parma, da Itália, na época.

“Eles me ofereceram um contrato, o mesmo contrato que o Lucas, o Casemiro e o Rodrigo Caio tinham. O contrato do Parma era melhor, só que por estarem me colocando no mesmo nível desses jogadores, que eu tinha certeza que iam jogar pelo São Paulo, eu decidi ficar. Meu sonho era jogar no Brasil, representar a Seleção Brasileira. Eu resolvi ficar pela consideração que eles tiveram comigo de me colocar nessa prateleira dos meninos, de tão diferenciados que eles eram”, comentou.

Foi contratado pelo Corinthians em 2012, e apesar de competir no time profissional, começou a  enfrentar alguns problemas pessoais. Ele ia muito em festas e gastava sem parar, até perceber que o dinheiro estava acabando.

“Eu me prejudiquei muito, muito mesmo, por causa de fama, de noite, de querer fazer coisas que estavam disponíveis para mim, mas que não eram para aquele momento, aquela hora. Você acha que todo mês você vai ter aquele dinheiro. Então eu poderia estar ganhando R$ 50 mil, que eu ia gastar os R$ 50 mil, eu poderia estar ganhando R$ 100 mil que eu ia gastar os R$ 100 mil. Todo mês eu acabava com zero reais”, prosseguiu.

Problemas com dinheiro e recomeço na Ásia

Depois de muitos problemas, Patrick chegou a dever dinheiro para a sua mãe. Agora, tenta um recomeço em sua carreira, de forma mais consciente, claro, em um mercado alternativo como a Tailândia.

“Eu tive tudo e perdi tudo. Inclusive fiquei devendo muito dinheiro para minha mãe, que foi a que mais me avisou. Eu não consegui guardar nada. Trocava de carro, sempre comprava roupa, vivia para lá, para cá, viajando, fazendo isso, fazendo aquilo. Isso realmente me atrapalhou muito, porque quando a gente é novo e tem muito dinheiro, você acha que ele vai acabar? Nunca. E aí uma hora que o contrato acabou, tudo acabou”, comentou.