Eventos climáticos extremos deixam o São Paulo em estado de alerta

Foto: Reprodução / CBF

Segundo uma pesquisa realizada pela consultoria ERM (Environmental Resources Management) e encomendada pelo Terra FC, praticamente todos os clubes da Série A do Campeonato Brasileiro devem sofrer com os eventos climáticos nos próximos 10 anos. No total, 17 das 20 equipes (85%) devem ser afetadas diretamente.

Os eventos mencionados são enchentes, inundações, ondas de calor, queimadas e secas, causados pelas mudanças de clima no planeta diante do aquecimento global. De acordo com Fred Seifert, sócio da ERM, que liderou a realização do relatório, a inclusão do futebol nos estudos deve ser feita em breve.

“Temos poucos estudos com essa abordagem. O mais importante é trazer o futebol para a discussão das mudanças climáticas, o esporte no geral. É uma plataforma interessante de disseminar conhecimento, sobre um tema muito relevante para toda a humanidade. O futebol pode ser impossibilitado, a depender de como as coisas avançarem nesse tema. Precisamos fazer essa discussão com informação científica”, disse.

A pesquisa entende que há diversos tipos de riscos: muito baixo, baixo, médio e alto, além de “sem dados”. Tudo depende da intensidade e frequência. Todos os clubes da Série A enfrentam riscos, sendo que 85% estão em alto risco.

Por sinal, 55% deles possuem alto risco de queimadas. São eles:Atlético-GO, Atlético Mineiro, Bahia, Corinthians, Cruzeiro, Cuiabá, Fortaleza, Palmeiras, Red Bull Bragantino, São Paulo e Vitória. Os quatro do Rio de Janeiro podem ser afetados por inundações.

“As principais consequências e impactos na vida dos brasileiros são, basicamente, as grandes secas, grandes inundações, como vimos na Amazônia e no Rio Grande do Sul. Impactos no dia a dia, na saúde da população, na alteração de vetores que transmitem doenças, entre muitos outros efeitos. A redução da chuva tem afetado a produtividade do agronegócio de maneira muito intensa. Impactos que vão muito além das questões econômicas e social, como o esporte”, comentou Paulo Artaxo, professor da Universidade de São Paulo (USP).