Conheça Adhemar Ferreira da Silva, conhecido como Pelé do Tricolor
Fundado em 1930, o São Paulo tem um grande ídolo nascido apenas três anos antes. E ele nunca fez sucesso dentro dos gramados, mas sim ao lado deles. Nascido em 29 de setembro de 1927, no bairro da Casa Verde, o bicampeão olímpico no salto triplo Adhemar Ferreira da Silva faleceu no dia 12 de janeiro de 2001, vítima de uma parada cardíaca.
Mais de duas décadas depois de seu falecimento, aos 73 anos de idade, o legado de Adhemar permanece intacto na história são-paulina. Chamado de “Pelé do Morumbi” pelo jornalista Milton Neves, o atleta é a razão das duas estrelas douradas que hoje acompanham o escudo do Tricolor. A honraria remete justamente aos ouros olímpicos em 1952 e 1956.
“As duas estrelas douradas acima do escudo, nas extremidades, junto das três vermelhas (dos Mundiais), prestam homenagens a um gênio do atletismo brasileiro e mundial: Adhemar Ferreira da Silva!”, relembrou Milton Neves em sua crônica de homenagem ao ídolo no UOL Esporte.
Além do bicampeonato nos Jogos Olímpicos, Adhemar Ferreira da Silva também foi tricampeão em Jogos Pan-Americanos: Buenos Aires em 1951, Cidade do México em 1955 e Chicago em 1959. Além disso, foi recordista mundial do salto triplo cinco vezes e primeiro atleta a quebrar a barreira dos 16m na modalidade.
Vida de Adhemar cruzou com o Tricolor em 1946
Filho único de pai ferroviário e mãe empregada doméstica, a vida de Adhemar cruzou com a do Tricolor em 1946. Em um passeio pelo centro da cidade, o então jovem de 19 anos foi apresentado para uma pessoa através de um amigo que o acompanhava. O amigo disse: “Esse é o Benedito Ribeiro, atleta do São Paulo”.
Aquelas palavras não saíram da cabeça de Adhemar por alguns dias. Assim como ele, Benedito era negro, esguio e atlético. Tanto que, de forma automática, Adhemar também começasse a se sentir um atleta mesmo antes de ser. Pouco tempo depois, incentivado pelo mesmo amigo do passeio que mudaria sua vida, compareceu ao Canindé, então casa do Tricolor.
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