Casares nega estar caçando o culpado pela dispensa de Endrick e sim o motivo
O menino Endrick, quando tinha apenas 16 anos de idade, movimentou a reta final da temporada de 2022 do futebol brasileiro. Alçado aos profissionais do Palmeiras pelo técnico Abel Ferreira, a jovem estrela marcou três gols em sete partidas no Brasileirão e ajudou no título palmeirense. O sucesso estrondoso abriu até uma séria discussão no São Paulo.
Isto porque Endrick passou pelo CT de Cotia, onde o clube realiza seu trabalho com o futebol de base, entre 2015 e 2016. Com apenas 10 anos de idade, o atacante foi dispensado após o São Paulo afirmar que não teria como bancar a ajuda de custo pretendida pela família e também não ser possível empregar Douglas Sousa, pai do menino, dentro de Cotia.
Sem um acordo, o menino voltou para Brasília, sua cidade natal. Por lá, disputou jogos amadores e um vídeo chamou a atenção do Palmeiras. Recebendo um convite para treinar no clube, Endrick viu todos seus desejos antes rejeitados pelo São Paulo se tornarem reais no arquirrival.
Se perder uma jovem estrela para um de seus maiores rivais já é motivo para uma grande dor de cabeça, a diretoria são-paulina ainda assistiu de camarote a negociação entre Palmeiras e Real Madrid para a venda de Endrick. Assustadores 72 milhões de euros (cerca de R$ 405 milhões) foram desembolsados pelo gigante espanhol pela joia.
A dispensa e a “perda” dos mais de R$ 400 milhões virou tema de entrevista do presidente Júlio Casares: “Eu coloco esse tema lamentando muito. Claro que ninguém precisa culpar ninguém. Ele (Endrick) tinha 9, 10 anos quando aconteceu. O que eu quero é saber qual o tipo de protocolo que existiu na época”.
“Hoje o garoto que vai fazer um teste e é dispensado, ele tem uma nota de avaliação de vários observadores, se segue um protocolo para entender os motivos, o que aconteceu. É isso que queremos: não é apontar culpas, é entender o processo. No caso do Endrick não descobrimos esse processo, quem avaliou, quem autorizou, quem dispensou”, concluiu.
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