Carpini abre o coração e revela mágoa que tem do São Paulo

Ex-treinador do São Paulo, Thiago Carpini demonstrou mágoa por sua demissão do clube, em abril deste ano. Contratado para substituir nada mais nada menos do que Dorival Júnior, que havia aceitado a proposta da Seleção Brasileira, Carpini não rendeu o esperado.

Em entrevista ao portal Coaches’ Voice, o comandante de 40 anos de idade falou sobre sua breve passagem pelo Morumbi. Carpini valorizou a conquista da Supercopa Rei em cima do Palmeiras, mas destacou a falta de paciência para dar continuidade ao seu trabalho, uma vez que acabou saindo após 18 jogos. Para ele, a idade acabou fazendo diferença.

“Na primeira oscilação de um jovem treinador, dizem: ‘Ah, mas ele não tem experiência’. A gente quer tanto uma reformulação, mas não tem paciência para colocá-la em prática. Senti um pouco disso no São Paulo. Comandei a equipe em apenas 18 jogos. Fomos campeões da Supercopa do Brasil, tivemos bons resultados e alguma oscilação, o que é natural em um início de projeto. Acho que o trabalho merecia uma sequência. Talvez a minha idade tenha pesado na decisão contrária da diretoria”.

Apesar disso, Carpini diz que não se arrepende em ter assinado com o São Paulo. Na época, havia feito um bom trabalho no Juventude, conquistando o acesso à Série A do Campeonato Brasileiro.

“Acho que foi a melhor decisão que tomei na minha vida. Independentemente de como acabou o meu vínculo com o São Paulo, a experiência foi maravilhosa. Quatro anos antes, eu estava buscando um campo que tivesse um pedacinho que fosse de grama para treinar o Água Santa. Em pouco tempo, cheguei a um gigante como o São Paulo, com toda a sua estrutura impecável. 

Carpini avalia experiência no Tricolor

Por fim, o treinador, que hoje está fazendo um bom trabalho no Vitória, destaca a grandeza do Tricolor  e como foi algo positivo em sua carreira como treinador, que está só começando.

“Lembro do meu primeiro dia, ao ver jogadores como James Rodríguez, Lucas Moura, Rafinha, Arboleda, Calleri… Foi uma sensação de viver um sonho. Trabalhar no São Paulo coloca um carimbo positivo na sua carreira. É o São Paulo de Telê Santana, Muricy Ramalho, Rogério Ceni, Dorival Junior, Fernando Diniz, Hernán Crespo e de tantos grandes técnicos que passaram por lá. E eu também tive esse privilégio”, concluiu.