A CBF divulgou nesta terça-feira (17) que elaborou um planejamento para a implementação do Fair Play Financeiro no país, e já conta com um grande apoio. No total, 28 clubes e mais oito federações devem integrar o Grupo de Trabalho, que será discutido depois do fim da Copa do Mundo de Clubes.
Três meses após a primeira reunião, a proposta do Regulamento do Sistema de Sustentabilidade Financeira (SSF), que estará sob coordenação do vice-presidente Ricardo Gluck Paul, será entregue oficialmente. O projeto visa controlar os gastos dos clubes brasileiros e mudar de vez a prática no país. Diversos clubes de grande expressão devem bilhões e, mesmo assim, continuam aumentando cada vez mais suas dívidas.
“Nos próximos dias, vamos concluir a composição do grupo com base nas manifestações recebidas, sempre buscando pluralidade e equilíbrio regional. A participação de todos será essencial para que possamos construir, com legitimidade e excelência técnica, um regulamento que fortaleça o nosso esporte. O futebol brasileiro precisa urgentemente de responsabilidade financeira. Não temos mais tempo a perder”, disse Ricardo Gluck Paul.
Times e federações que apoiam o Fair Play Financeiro
Até aqui, 28 clubes já confirmaram que estão dentro da medida, sendo 16 deles da primeira divisão: Atlético-MG, Bahia, Botafogo, Red Bull Bragantino, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Grêmio, Internacional, Juventude, Palmeiras, Santos, São Paulo, Sport e Vasco.
Os representantes da Série B são: América-MG, Athletico-PR, Avaí, Botafogo-SP, Chapecoense, CRB, Ferroviária, Goiás, Grêmio Novorizontino, Paysandu, Remo e Volta Redonda.As federações que assinaram são as de Alagoas, Amapá, Goiás, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Santa Catarina e Sergipe.
“Nossa gestão será marcada por enfrentar com seriedade os problemas estruturais do nosso futebol. E, para isso, é fundamental criar um ambiente mais equilibrado e responsável financeiramente. Esse engajamento mostra que estamos no caminho certo: construindo juntos um futebol mais sólido e sustentável”, disse o presidente da CBF, Samir Xaud.